Quem busca aprofundar seus conhecimentos aqui é o lugar certo!!!!!!

Blog da Fisiologia Humana quer ampliar o conhecimento de todos os visitantes e que os mesmos sejam critícos, nos sugerindo novos assuntos e debates, de modo a despertar a equipe idealizadora do Blog a busca de informações relevantes ao nosso aprendizado.

A importância do Sistema Endócrino!

O que define a hora de o bebê nascer?
O que determina que a mãe produza leite para alimentar o seu bebê?
O que indica que as pessoas não são mais crianças e se tornam adultos sexualmente maduros com características de machos e fêmeas?
O que coordena e integra as funções e as atividades do corpo?
Todas as funções e atividades do nosso corpo são coordenadas e integradas pelo sistema nervoso e pelo sistema endócrino (hormonal). O sistema endócrino é composto de várias glândulas que se situam em diferentes pontos do nosso corpo. Glândulas são estruturas que produzem substâncias que tem determinada função no nosso corpo.

O que é o Sistema Endócrino?

Compreende uma série de glândulas, sem ductos excretores, cujas localizações, no corpo, são mostradas na figua abaixo. Cada uma dessas glândulas endócrinas é discutida, em detalhes, em todo o blog, e suas ações mais importantes serão, apenas, enunciadas, resumidamente a seguir.

Orgãos Sistema Endócrino

Órgãos: Hipófise ou Glândula Pituitária, Tiróide, Glândulas paratireóides, Córtex supra renal, Pâncreas, Ovários (mulher), Testículos (no homem). Função: além das glândulas endócrinas, a mucosa gástrica (que reveste internamente o estômago) e a mucosa duodenal (que reverte internamente o duodeno), tem células com função endócrina. As células com função endócrina da mucosa duodenal produzem os hormônios secretina e colecistoquinina. http://www.notredamecampinas.com.br/cndonline/ef1/5ano/2008/paginas_corpo/5_ano_b/endocrino/index.htm

Sistema Endócrino - Conceito - Histologia - Patologias - Curiosidades

1) HISTOLOGIA

O sistema nervoso autônomo (SNA) e o sistema endócrino atuam em conjunto, regulando as atividades metabólicas dos diferentes órgãos e tecidos do corpo, a fim de manter a homeostase. O SNA utiliza impulsos nervosos e libera neurotransmissores nos terminais nervosos para obter uma resposta rápida e localizada. O sistema endócrino tem uma resposta mais lenta e difusa pela síntese e liberação de hormônios na circulação sangüínea, mas seu efeito é mais duradouro do que o estímulo nervoso. A estrutura específica sobre a qual age um hormônio chama-se órgão-alvo.

Existem 3 classes gerais de hormônios:

a) proteínas e polipeptídeos: hormônios secretados pela hipófise anterior e posterior, pelo pâncreas (insulina e glucagon), pelas glândulas paratireóides (hormônio paratireóideo) e outros (ver tabela)

b) esteróides: secretados pelo córtex adrenal (cortisol e aldosterona), pelos ovários (estrogênio e progesterona), pelo testículo (testosterona) e pela placenta (estrogênio e progesterona)

c) derivados do aminoácido tirosina: secretados pela tireóide (tiroxina e triiodotironina) e pela medula adrenal (epinefrina e norepinefrina)

Mecanismos de ação dos hormônios a nível celular:

A primeira etapa na ação de um hormônio é a sua ligação a receptores específicos na célula-alvo. As células que não tem receptores específicos para esses hormônios não respondem.

Os receptores de hormônios encontram-se geralmente localizados:

a) Na superfície da membrana celular, ou sobre ela. Os receptores de membrana são específicos principalmente para os hormônios protéicos, peptídicos e catecolamínicos.

b) No citoplasma celular. Os receptores dos diferentes hormônios esteróides são encontrados quase totalmente no citoplasma

c) No núcleo da célula. Os receptores dos hormônios tireóideos são encontrados no núcleo, e acredita-se que estejam localizados em associação direta com um ou mais cromossomas.

Assim, os hormônios exercem suas ações por diversos mecanismos:

Alteração da permeabilidade da membrana aos íons. Ex: epinefrina, norepinefrina, acetilcolina. Ativação de genes por meio de sua ligação a receptores intracelulares. Vários hormônios, particularmente os esteróides e tireóideos, ligam-se a receptores protéicos no interior da célula. O complexo hormônio-receptor se liga ou ativa porções específicas do DNA do núcleo da célula e inicia a transcrição de genes específicos para a formação de RNA. As proteínas formadas passam a controlar funções novas da célula. Formação de AMP cíclico na célula. Quando o hormônio liga-se ao receptor de membrana, a enzima adenilciclase é ativada, promovendo a transformação de ATP em AMP. Este atua como segundo mensageiro dentro da célula, provocando alterações na atividade de certas enzimas intracelulares. Assim, a célula tireóidea estimulada pelo AMP forma os hormônios metabólicos tiroxina e triiodotironina, enquanto o mesmo AMP em célula adrenocortical induz a secreção dos hormônios adrenocorticais.

CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA ENDÓCRINO:

Þ Hipófise

Þ Pineal

Þ Tireóide

Þ Paratireóides

Þ ADRENAL

Þ Pâncreas endócrino

Þ Gônadas

Þ Células APUD

Þ Placenta

1. HIPÓFISE

A hipófise localiza-se na sela túrcica do osso esfenóide e liga-se, por um pedículo, ao hipotálamo na base do cérebro. é dividida em

- Adenohipófise

- Neurohipófise

Ela tem origem embriológica dupla: nervosa e ectodérmica. A porção de origem nervosa é denominada neuro-hipófise e consta de uma porção volumosa, a pars nervosa, e do seu pedículo, o infundíbulo. Este se continua com o hipotálamo, constituindo a ligação entre hipófise e sistema nervoso central. A porção originada do ectoderma é denominada adenohipófise e está subdividida em três porções:

- pars distalis, ou lobo anterior; é a mais volumosa

- pars tuberalis, porção cranial que envolve o infundíbulo

- pars intermedia

A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo contínua com a rede de fibras reticulares que suporta as células do órgão. Ao contrário da neuro-hipófise, que mantém as características do tecido nervoso, a porção originada do ectoderma tem a aparência típica de uma glândula endócrina cordonal com capilares sinusóides. A hipófise é controlada pelo hipotálamo, e esse controle é exercido por 2 conexões:

1) o sistema porta-hipofisário, que une o hipotálamo à adenohipófise

2) o trato hipotálamo-hipofisário, que une o hipotálamo à neuro-hipófise

O lobo anterior é controlado por fatores ou hormônios de liberação e de inibição, que são produzidos pelos neurônios do hipotálamo e passam pelo sangue, através dos vasos do sistema porta. O lobo posterior contém as terminações distais das fibras nervosas que formam o trato hipotálamo-hipofisário.

ADENOHIPÓFISE

Podemos encontrar 2 tipos de células: Þ CROMÓFILAS: contém grânulos citoplasmáticos que possuem grande afinidade pelos corantes histológicos usuais. Segundo a afinidade de seus grânulos por corantes ácidos ou básicos, foram divididas em acidófilas e basófilas. As acidófilas possuem grandes grânulos citoplasmáticos que se coram bem pela eosina. Essas células podem ser de 2 tipos:

- somatotróficas, que produzem o hormônio do crescimento

- mamotróficas, que produzem prolactina.

As basófilas possuem grânulos que se coram bem pelo azul-de-metileno. Há 3 tipos de células basófilas:

- tirotróficas, que produzem o hormônio tireóide-estimulante

- corticotróficas, que produzem adrenocorticotrofinas

- gonadotróficas, que produzem os hormônios foliculoestimulante e luteinizante.

Þ CROMÓFOBAS: células sem grânulos citoplasmáticos visíveis ao microscópio óptico.

HORMÔNIOS SECRETADOS PELA ADENOHIPÓFISE:

Hormônio do crescimento (hormônio somatotrópico ou somatotropina) Estimula o crescimento corporal aumentando o tamanho e o número de células. Tem um efeito pronunciado na cartilagem epifisária dos ossos longos. Esse hormônio não atua diretamente; ele estimula o fígado a produzir peptídeos chamados somatomedinas, que são responsáveis pelo efeito estimulante da somatotropina. Esta também promove um aumento da concentração de glicose no sangue (efeito diabetogênico).

Curiosidade

Tumores na hipófise podem levar à produção excessiva de somatotropina. Quando isso acontece na infância ou na adolescência, produz-se o gigantismo. Quando ocorre no adulto, como as cartilagens epifisárias não existem mais, há um crescimento das extremidades (pés, mãos, mandíbula, nariz). Esta condição é chamada acromegalia. A secreção deficiente do hormônio do crescimento na infância produz o nanismo hipofisário, que é uma situação em que o indivíduo apresenta baixa estatura principalmente devido ao pequeno crescimento dos ossos longos.

Hormônio tireoestimulante (TSH)

Estimula a síntese e a secreção dos hormônios tireóideos (tiroxina e triiodotironina).

Hormônio adrenocorticotropico (ACTH)

Estimula o crescimento do córtex das supra renais e aumenta a velocidade de síntese e secreção de hormônios adrenocorticais (cortisol, androgênios e aldosterona).

Prolactina

Promove o crescimento e funcionamento das glândulas mamárias

Hormônio foliculoestimulante

Causa o crescimento dos folículos ovarianos e a maturação dos espermatozóides, nas células de Sertoli, estimulando a espermatogênese.

Hormônio luteinizante (LH)

Estimula a síntese de testosterona nas células de Leydig dos testículos e estimula a ovulação, a formação do corpo lúteo e a síntese de estrogênio e progesterona nos ovários.

NEURO-HIPÓFISE

A neuro-hipófise é formada por axônios amielínicos de células nervosas secretoras. Os corpos celulares desses neurônios não se localizam na própria hipófise, mas sim nos núcleos supra-ópticos e para ventriculares do hipotálamo. Os dois neurônios secretados pela neuro-hipófise são, na realidade, produzidos nos corpos celulares dos neurônios do hipotálamo e descem pelas fibras nervosas do trato, para serem liberadas na circulação pela neurohipófise. Os acúmulos de neurossecreção são chamados de corpos de Herring. Além de axônios de neurônios do hipotálamo, a neuro-hipófise contém também escassas células do tecido conjuntivo e possui ainda células neurogliais, denominadas pituicitos.

HORMÔNIOS SECRETADOS PELA NEUROHIPÓFISE Hormônio antidiurético (ADH) Aumenta a reabsorção de água pelos rins causa vasoconstrição e elevação da pressão arterial. Ocitocina

Estimula a ejeção do leite das mamas e as contrações uterinas

1.1) PATOLOGIAS RELACIONADAS

Diabetes Insipidus: é uma síndrome que resulta de uma lesão dos núcleos supra-ópticos e paraventriculares do hipotálamo e de uma falha destas células em sintetizar o hormônio antidiurético, ou da destruição do trato hipotálamo-hipofisário. As causas podem ser tumores cerebrais, abscessos cerebrais, danos cirúrgicos, radiação... A ausência de ADH resulta da não reabsorção de água pelos túbulos coletores dos rins e da eliminação de grandes volumes de urina (poliúria). Como conseqüência, o paciente está sempre com uma sede extrema (polidipsia) e bebe grandes quantidades de líquidos. A condição descrita deve ser distinta do diabetes mellitus, onde ocorre glicosúria.

2. PINEAL

A glândula pineal localiza-se no diencéfalo, presa por uma haste à parte posterior do teto do terceiro ventrículo. É revestida externamente pela piamáter, da qual partem septos de tecido conjuntivo que penetram na glândula, dividindo-a em lóbulos. Esses septos levam vasos e nervos para o interior da glândula. Nessa glândula predominam 2 tipos celulares: os pinealócitos e os astrócitos. Os pinealócitos representam 95% do contingente celular. Com impregnação pela prata (método de “Del Rio Hortega”), os pinealócitos aparecem com longas e sinuosas ramificações que se dirigem para os septos conjuntivos vasculares, onde terminam sob a forma de dilatações achatadas.

A Pineal participa de ritmos biológicos Estudos sobre a fisiologia da pineal sugerem que ela não é uma glândula endócrina no sentido amplo, mas age como um TRANSDUTOR NEUROENDÓCRINO, isto é, converte impulsos luminosos em descarga hormonal, participando do ritmo circadiano e de outros ritmos biológicos, como os relacionados com as estações do ano. A principal substância isolada da pineal é a MELATONINA. Além desta, ela apresenta quantidades variáveis de serotonina. Outras substâncias encontradas na pineal são noradrenalina, histamina, dopamina e Ácido Gama-

Aminobutírico (GABA). As quantidades de serotonina sofrem variações rítmicas durante as 24 horas do dia, de acordo com a alternância dos períodos dia (claro) e noite (escuro). De DIA, são encontrados níveis elevados de serotonina, pois o seu metabolismo é inibido pela luz. À noite, são encontrados níveis baixos de serotonina, uma vez que a diminuição da luminosidade começa a estimular o seu metabolismo. A diminuição da intensidade luminosa, que culmina com a fase NOTURNA do dia, desencadeia uma importante seqüência de mecanismos que levam a ativação de enzimas que permitem a formação de MELATONINA, a partir de serotonina.

Principais ações da melatonina A) A melatonina pode ser considerada a substância que permite a expressão química da escuridão. Através da maior produção noturna de melatonina (decorrente de uma maior metabolização enzimática da serotonina, seu mais importante precursor), a pineal transmite para o meio interno a idéia de se é dia ou noite no meio exterior e, através do seu perfil plasmático noturno, qual a estação do ano (principalmente a diferença entre inverno/verão, em virtude das noites mais longas ou mais curtas)

B) Papel modulador sobre as funções reprodutivas: A produção de melatonina varia com a idade. Até o 3º mês de vida, os recém nascidos produzem pouca melatonina. A partir de então, seus índices se elevam gradualmente, até a fase pré-puberal, época em que inicia a diminuir. Por isso, é bem possível que exista uma relação entre maturidade sexual (início da puberdade) e produção de melatonina.Associe-se a essa relação o fato de que indivíduos com tumores destrutivos da pineal apresentam puberdade precoce.

C) Ação Anti-Oxidante: A melatonina atua como anti-oxidante, protegendo as células contra a ação destrutiva de radicais livres

D) Ação moduladora sobre os sistemas imunológicos. A pinealectomia reduz a capacidade de resposta imunológica de animais em experimentação. A terapêutica substitutiva com melatonina, por sua vez, restaura as funções de defesa do organismo

Curiosidade

O declínio da produção de Melatonina pode ter várias causas, entre elas: desnutrição, interação de drogas e medicamentos, stress e o envelhecimento.Uma pessoa sob stress produz normalmente mais adrenalina e cortisol.Sabemos que para cada molécula de adrenalina formada, quatro moléculas de Radicais Livres irão ser

produzidas e com isto a probabilidade de lesão nas células aumenta.

3. TIREÓIDE

A tireóide situa-se na região cervical, adiante da traquéia, e apresenta-se constituída por 2 lobos unidos por um istmo। Possui origem endodérmica। Produz os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que estimulam o metabolismo। A secreção da tireóide é controlada, primariamente, pelo hormônio tireoestimulante (TSH), secretado pela hipófise anterior. A tireóide também secreta calcitonina, hormônio importante para o metabolismo do cálcio.

A tireóide é constituída por grande número de folículos fechados (100 a 300 micrômetros de diâmetro), revestidos por células epiteliais cubóides, as células foliculares, que secretam para o interior dos folículos uma substância denominada colóide. O principal componente do colóide é a grande glicoproteína tireoglobulina, que contém os hormônios tireóideos no interior de sua molécula. O segundo tipo celular existente são as células parafoliculares. Nas preparações histológicas de rotina (HE), não são observadas. Costumam estar envolvidas pela mesma membrana basal do epitélio folicular. Essas células secretam o 3º hormônio da tireóide, a CALCITONINA.

Cada molécula de tireoglobulina contém cerca de 70 aminoácidos tirosina, que constituem os principais substratos que se combinam com o iodo para formar os hormônios tireóideos. Assim, esses hormônios formam-se dentro da molécula de tireoglobulina. Para formar quantidades normais de tiroxina (T4), são necessários cerca de 50mg de iodo, ingerido na forma de iodeto a cada ano, ou cerca de 1mg/semana. A primeira etapa na formação dos hormônios tireóideos consiste no transporte do iodeto do sangue para as células foliculares, processo chamado seqüestro do iodeto. O iodeto é oxidado, e adquire a capacidade de se combinar com o aminoácido tirosina. A tirosina é inicialmente iodetada a monoiodotirosina e, em seguida, a diiodotirosina. A combinação de uma molécula de monoiodotirosina com uma de diiodotirosina forma a triiodotironina (T3), enquanto o acoplamento de 2 moléculas de diiodotirosina forma a tiroxina (T4). Cerca de 93% dos hormônios são produzidos e liberados no sangue na forma de T4, enquanto 7% são produzidos na forma de T3. Entretanto, durante os poucos dias subseqüentes, cerca da metade da tiroxina sofre lenta desiodetação, formando quantidade adicional de triiodotironina. Assim, o hormônio que é liberado e utilizado pelos tecidos consiste em T3, que é cerca de 4 vezes mais potente que T4. O principal fator desencadeante da secreção de calcitonina é a hipercalcemia: Aumento da concentração de cálcio no plasma (hipercalcemia)

Secreção de calcitonina Para normalizar essa situação, a calcitonina realiza 2 funções básicas:

1) Inibe a reabsorção óssea (osteólise), através da inibição dos osteoclastos. Assim, a calcitonina é um hormônio hipocalcemiante, exercendo efeito antagônico ao do hormônio da paratireóide (PTH), que é hipercalcemiante

2) Estimula a incorporação do cálcio no tecido ósseo. Os hormônios Tireóideos aumentam a Atividade Metabólica Celular Os hormônios tireóideos aumentam a atividade metabólica de quase todos os tecidos do organismo. A falta completa de secreção da tireóide determina, habitualmente, a queda do metabolismo basal de 40 a 50% abaixo do normal, enquanto os excessos de secreção da tireóide podem aumentar o metabolismo basal por até 60 a 100% acima do normal. A velocidade de utilização dos alimentos para a obtenção de energia encontra-se acentuadamente acelerada. Apesar de a intensidade de síntese protéica estar aumentada, o seu catabolismo também está aumentado.

Sistema nervoso central: Os processos mentais são excitados

Crescimento e diferenciação dos tecidos: Os hormônios tireóideos são necessários para o crescimento e diferenciação da maior parte dos tecidos do organismo, pois estimulam a síntese protéica por todos os tecidos corpóreos.

Metabolismo dos carboidratos: T3 e T4 estimulam a absorção de glicose pelo intestino, aumentando sua utilização pelos tecidos. Eles também estimulam a quebra do glicogênio em glicose no fígado, coração e músculo estriado esquelético.

Metabolismo lipídico: há um aumento na mobilização de lipídios do tecido adiposo e estimulam a oxidação de ácidos graxos. Há redução nos níveis plasmáticos de colesterol

Gônadas: os hormônios tireoidianos são necessários para o desenvolvimento normal das gônadas. A velocidade do crescimento de pessoas jovens apresenta-se muito acelerada, e verifica-se aumento nas atividades da maioria das outras glândulas endócrinas.

3.1) PATOLOGIAS RELACIONADAS

Hipotireoidismo: É uma síndrome que se caracteriza pelas manifestações clínicas e bioquímicas devido à deficiência na produção ou ação dos hormônios tireóideos, levando a uma lentidão generalizada dos processos metabólicos. Pode ser:

Primário: ocorre por diminuição do tecido tireóideo funcionante ou por defeito da biossíntese dos hormônios tireóideos (T3 e T4 baixo e TSH alto).

Central: T3, T4, TSH baixo- secundário (defeito na hipófise) - terciário (defeito no hipotálamo) Hipotireoidismo subclínico: Resistência periférica aos hormônios tireóideos. Sintomas: No hipotireoidismo, os processos físicos e mentais do indivíduo tornam-se mais lentos. Há um aumento no peso corporal e uma preferência por ambientes aquecidos (o indivíduo adquire intolerância ao frio). Ocorre constipação intestinal e a taxa cardíaca é reduzida. A pele torna-se seca, fria e pálida, o cabelo fica ressecado, quebradiço e tende a cair, a língua aumenta (macroglossia) e a voz torna-se rouca. A libido diminui em ambos os sexos e a, menorragia é comum nas mulheres. Pode ocorrer edema periorbitário e em membros inferiores. Cretinismo é o termo utilizado para casos de hipotireoidismo congênito associado ao retardo mental, à baixa estatura e ao inchaço de face e mãos característico. Freqüentemente se acompanha de surdo-mudez. O teste do pezinho veio para auxiliar no diagnóstico precoce. O hipotireoidismo no adulto causa a síndrome conhecida como MIXEDEMA, cujo sintoma mais evidente é um edema localizado no rosto que não cede à pressão. O mixedema é devido ao acúmulo excessivo de substância fundamental amorfa no tecido conjuntivo. A deficiência tireoidiana na criança pode levar ao cretinismo, caracterizado por baixa estatura e retardo mental.

Hipertireoidismo: Pode ser causado por diversas doenças da tireóide, porém a mais comum é o bócio exoftálmico ou Doença de Graves. Nesta doença, a hiperfunção é devida a uma IgG anormal que se combina com receptores para TSH das células foliculares simulando os efeitos estimuladores deste hormônio.

Bócio simples: É um aumento da glândula tireóide não associada com o hipertireoidismo, o hipotireoidismo, a tiroidite ou tumor. A causa mais comum é a deficiência de iodo, e a condição é mais freqüente em mulheres. A glândula apresenta uma hiperplasia em resposta a níveis elevados de TSH no sangue. A glândula fica moderadamente aumentada e hiperêmica, mostrando claramente que tenta extrair a quantidade máxima de iodo do sangue.

Resumo dos Quadros Clínicos:

HIPOTIREOIDISMO ADULTO: Mixedema CRIANÇA: Cretinismo

CONGÊNITO: · Ausência congênita da glândula

DEFEITO GENÉTICO · Incapacidade glandular de produzir T3 e T4

ENDÊMICO · Falta de iodo na dieta

HIPERTIREOIDISMO PRIMÁRIO: Nódulo hipersecretante · Adenoma Tóxico ou Doença de Plummer SECUNDÁRIO: Anticorpos Tireoestimulantes (IgG) · Bócio Exoftálmico, Tireotoxicose ou Doença de Basedow-Graves 4) PARATIREÓIDES São quatro glândulas muito pequenas, localizadas na face posterior da tireóide, geralmente dentro da cápsula que reveste os lobos dessa glândula. É constituída por:

CÁPSULA Tecido conjuntivo denso

CÉLULAS a) Principais: são as células mais abundantes, organizadas em cordões celulares entre os quais se encontra tecido conjuntivo frouxo, vasos sangüíneos e uma quantidade regular de tecido adiposo. É devido ao arranjo dessas células que podemos classificar essas glândulas de cordonais. São secretoras do hormônio das paratireóides, o PTH. b) Oxífilas: aparecem em volta dos sete anos de idade do indivíduo e aumentam de número com o passar do tempo. Podem ser visualizadas no tecido conjuntivo frouxo do parênquima glandular, próximas aos vasos sangüíneos. O paratormônio estimula a atividade dos osteoclastos, regulando a degradação do tecido ósseo. O PTH regula os níveis de íons cálcio e fosfato no plasma sangüíneo. Dessa forma, é possível se ter a manutenção da constante “cálcio X fosfato” no plasma. Esse hormônio é regulado em feedback pela calcemia, isto é, a diminuição da concentração de cálcio no plasma é o principal estímulo para a secreção de PTH, que irá provocar uma hipercalcemia e o conseqüente bloqueio da atividade glandular.

Principais ações do PTH No Tecido Ósseo: estimula o aumento da reabsorção óssea pelos osteoclastos, provocando hipercalcemia

Nos Rins: provoca o aumento da reabsorção de cálcio e o aumento da excreção urinária de fosfatos

No Intestino Delgado: estimula a absorção de cálcio (e de fosfatos) pelo epitélio intestinal.

Regulação do Cálcio e do Fosfato no líquido extracelular e no plasma Em condições gerais, a concentração de cálcio no líquido extracelular é regulada com extrema precisão, ocorrendo raramente elevação, ou queda, de mais de alguns por cento em relação ao valor normal de cerca de 9,4 mg/dl. Esse controle preciso é essencial, visto que o cálcio desempenha papel-chave em muitos processos fisiológicos, incluindo a contração dos músculos esqueléticos, cardíaco e liso, coagulação sanguínea e transmissão dos impulsos nervosos, etc. As células nervosas são muito sensíveis às alterações das concentrações dos íons cálcio, e os aumentos da concentração desse íon acima do normal (hipercalcemia) provocam depressão progressiva do sistema nervoso. Por outro lado, a redução da concentração de cálcio (hipocalcemia) torna o sistema nervoso mais excitável. Com concentrações plasmáticas de íons cálcio cerca de 50% abaixo do normal, as fibras nervosas periféricas ficam tão excitáveis, que começam a descarregar espontaneamente, provocando contrações musculares tetânicas. Assim... hipocalcemia causa Curiosidade Apenas cerca de 0,1% do cálcio corporal total está no líquido extracelular, e cerca de 1% nas células, estando o restante armazenado nos ossos.

5) ADRENAIS (SUPRA-RENAIS) Em número de duas, cada uma situada no pólo superior de cada rim. Ambas são envolvidas por tecido conjuntivo contendo grande quantidade de tecido adiposo. Cada glândula tem uma espessa cápsula de tecido conjuntivo e seu estroma é representado por uma intensa trama de fibras reticulares que suporta as células. A glândula é dividida em 2 camadas: a) Córtex: porção mais externa, amarela. b) Medula: porção mais interna, vermelha escura

CÓRTEX ADRENAL A principal função do córtex adrenal é produzir esteróides. Assim, todos os hormônios secretados nesta zona são comumente chamados de CORTICOESTERÓIDES.Os esteróides secretados podem ser classificados em 3 categorias, segundo sua ação predominante: · MINERALOCORTICÓIDES · GLICOCORTICÓIDES · HORMÔNIOS SEXUAIS O córtex da adrenal é constituído por três camadas:

1. Zona glomerulosa: situada imediatamente abaixo da cápsula conjuntiva; sua célula dispõe-se em agrupamentos globosos, envolvidos por capilares; suas células são colunares. Secretam hormônios chamados MINERALOCORTICÓIDES, cujo principal representante é a Aldosterona, relacionada com o controle hídrico e o balanço eletrolítico

2. Zona fasciculada: suas células poliédricas formam cordões paralelos entre si e perpendiculares à superfície do órgão. Essas células são as principais produtoras de GLICOCORTICÓIDES, cujo principal representante é o Cortisol

3. Zona reticulada: zona mais interna do córtex, limítrofe da camada medular, as células dispõem-se em cordões irregulares, formando um aspecto de rede. Local onde são produzidos hormônios sexuais, principalmente Andrógenos, em especial a dehidroepiandrosterona. Sua ação, porém, é menos de 1/5 daquela exercida pelo andrógeno testicular (testosterona).

MEDULA ADRENAL As células dessa camada são poliédricas e dispõe-se em cordões que formam uma intensa rede em cujas malhas há capilares e vênulas. As células contêm grânulos citoplasmáticos que se tornam marrons quando expostos a sais de cromo, sendo, por esse motivo, denominadas células cromafins. Estas secretam catecolaminas, representadas pela adrenalina e pela noradrenalina, substâncias mediadoras químicas do sistema nervoso simpático. Ao contrário do córtex, que lança seus produtos continuamente na circulação, a medula os acumula. A adrenalina e a noradrenalina são geralmente liberadas depois de fortes reações emocionais, como, por exemplo, o susto. 6) PANCRÊAS O pâncreas é uma glândula tanto exócrina como endócrina. Neste capítulo falaremos apenas de sua parte endócrina, sendo a parte exócrina abordada no capítulo de sistema digestivo. A maior parte da glândula produz secreção exócrina, que se dirige ao duodeno. As porções endócrinas da glândula são facilmente reconhecidas ao microscópio óptico como grandes áreas claras situadas entre os ácinos secretores, que se coram mais fortemente. Cada uma dessas áreas claras consiste em grupos irregulares de células conhecidos como ilhotas de Langerhans. As células das ilhotas dispõem-se em cordões anastomosados, profusamente irrigados por capilares fenestrados. As ilhotas de Langerhans não são encapsuladas, sendo sustentadas por fibras reticulares e não possuem ductos. Suas células lançam sua secreção diretamente na corrente sangüínea. Admite-se que as ilhotas representem, aproximadamente, 1,5% do volume do pâncreas. Em cortes rotineiros corados pela hematoxilina e eosina, não se consegue identificar grânulos secretores nas células da ilhota. No entanto, quando são usadas técnicas especiais de colorações, pode-se identificar 4 tipos de células, de acordo com as características morfológicas e tintoriais de seus grânulos. Essas células são: beta, alfa, delta e PP (célula polipeptídeo-pancreática). As células beta localizam-se centralmente, constituem a maior parte da população de células da ilhota e secretam INSULINA. As células alfa situam-se na periferia das ilhotas e secretam GLUCAGON. As células delta são encontradas entre as células alfa e secretam SOMATOSTATINA, que é o fator inibidor da liberação do hormônio hipofisário do crescimento, mas também é inibidor da secreção de insulina e glucagon. As células PP produzem um polipeptídeo que, quando injetado em animais, provoca um aumento do peristaltismo intestinal. Em humanos sua função ainda não é conhecida. A ilhota tem um sensível e aperfeiçoado mecanismo de regulação da glicemia (teor de glicose no sangue). O glucagon faz subir a glicemia ativando a lise das moléculas de glicogênio armazenadas no fígado, sendo, portanto, considerado um hormônio hiperglicemiante; já a insulina é um hormônio hipoglicemiante, pois retira a glicose da corrente sangüínea e a deposita nas células de todo corpo, sendo o excesso de glicose armazenado no fígado na forma de glicogênio.

ILHOTAS DE LANGERHANS E DIABETES MELLITUS No diabetes mellitus, as células beta das Ilhotas de Langerhans perdem sua capacidade de secretar insulina, ou as células-alvo dos tecidos tornam-se menos sensíveis à insulina circulante. No diabete tipo 1, há uma redução da produção do hormônio – as células beta vão sendo destruídas; não se sabe o motivo, mas acredita-se que se formam anticorpos contra essas células. Já no diabete tipo 2, em que a doença geralmente se inicia na vida adulta, os níveis plasmáticos de insulina podem ser normais ou apenas levemente abaixo do normal. Há uma resistência tecidual à insulina, ou seja, ela não é funcional. A causa exata do diabetes mellitus não é conhecida, mas acredita-se que fatores genéticos, metabólicos e auto-imunes, assim como infecção por vírus, possam ser a causa da instalação da doença em muitos pacientes. Em todos os pacientes com diabetes mellitus, o nível de glicose sangüínea está acima do normal (hiperglicemia). Uma vez que este valor atinge certo valor limite, aproximadamente 180mg/dL, a glicose passa a ser eliminada pela urina (glicosúria). A pressão osmótica exercida pela alta concentração de glicose na urina inibe a reabsorção de água pelos túbulos renais, de modo que uma quantidade anormalmente elevada de água é perdida, causando diurese excessiva (poliúria). O paciente passa a ter muita sede, pois o volume do líquido extracelular é reduzido e a osmolaridade aumentada. Ele ingere mais líquido numa tentativa de compensar a água perdida. O nível anormalmente alto de glicose sangüínea resulta da permeabilidade reduzida das membranas celulares à glicose causada pela produção insuficiente de insulina ou pela insensibilidade das membranas celulares à insulina circulante. Como as células são incapazes de obter a glicose do sangue para servir de fonte de energia, elas passam a se utilizar das gorduras. Assim, o desdobramento dos triglicerídeos aumenta, liberando ácidos graxos e glicerol. O fígado transforma os ácidos graxos em corpos cetônicos, como forma de transportar acetilas aos tecidos para a obtenção de energia. O problema dos corpos cetônicos é que eles têm um caráter ácido acentuado, e o excesso deste resulta em acidose. O indivíduo apresenta, então, hálito cetônico e respiração de Kusmaul (ofegante, pois o excesso de ácido estimula o centro respiratório).A falta de glicose nas células reduz a síntese de proteína intracelular. Além disso, os aminoácidos são perdidos no metabolismo protéico por converterem-se em glicose, o que também contribui para a hipertrigliceremia.Os distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas que estes pacientes apresentam levam a uma perda de peso e falta de energia. Resumindo... os principais sinais e sintomas do diabético são: - Poliúria (muita sede) - Polidipsia (urina muito) - Ter muita fome - Perda de peso sem causa - Cansaço - Visão turva - Cicatrização difícil Complicações: Vasculares: aterosclerose; Oculares: catarata e desenvolvimento de anormalidades nos vasos sangüíneos da retina. Renais: insuficiência renal. Cetoacidose diabética: precedido por dores de cabeça, náuseas e vômitos. A respiração torna-se profunda, sendo a consciência perdida gradativamente. É causada por acúmulo de cetoácidos com um desenvolvimento de acidose. Curiosidade Hoje em dia já existe transplante de ilhotas pancreáticas. As ilhotas do doador são colocadas através de um cateter na veia porta, atingindo o fígado e ali se instalando, fazendo as mesmas funções que exercia no pâncreas sadio.

Reações Hormonais na Prova de Fisiologia

Durante a prova os alunos ficam totalmente concentrados e desesperados; um verdadeiro "bang-bang" hormonal... O medo de ser reprovado e a raiva de ter que fazer tres provas na mesma semana faz com que o cerébro envie sinais nervosos diretamente para a glandula supra renal que dispara no mesmo instante jatos de Noradrenalina e Adrenalina ; agindo diretamente sobre o coração dilatando as artérias coronárias e acelerando os batimentos cardiacos, as pupilas dilatam, a respiração torna mais profunda e rápida, o suor aumenta para resfriar o corpo. A reação das glandulas injeta mais hormonios na corrente sanguinea preparando o corpo para fazer a prova. O estresse libera também o Cortisol; que estimula sentimentos de raiva, irritabilidade e cólera. O cortisol é também liberado quando nos forçamos a estudar, sem descanso, dia após dia . Imagine o cortisol como um sistema reserva de energia , que se você usar de forma contínua e na capacidade máxima, ele vai acabar se esgotando e você ficará sem essa fonte de energia. Altos níveis de cortisol podem também afetar o açúcar do sangue. O cortisol manda encher as células com glicose. O fluxo inicial de glicose que chega às células pode fazer a gente se sentir ótimo, mas uns vinte minutos mais tarde, seu organismo vai estar lutando para conseguir mais glicose e você vai correr às prateleiras e remexer nas gavetas, em busca de um bombom ou um saquinho de batatinhas fritas para repor sua glicose e a sua energia. Uma glicose flutuante cria um outro tipo de ciclo negativo de feedback, no qual altos níveis de açúcar do sangue estimulam a produção de adrenalina, a qual, por sua vez, estimula a produção de cortisol, e assim por diante. Quando a prova termina os hormonios começam a diminuir, em cerca de 10 minutos eles voltam ao estado normal. Fonte: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7272163341566967412

Glândulas Endócrinas

Há no organismo algumas glândulas das quais a função é essencial para a vida. São conhecidas pelo nome de "glândulas endócrinas" ou de secreção interna, porque as substâncias por elas elaboradas passam diretamente para o sangue. Estas glândulas não têm, portanto, um xcretor, mas são os próprios vasos sangüíneos que, capilarizando-se nelas, recolhem as secreções. As glândulas de secreção interna ou endócrinas distinguem-se, assim, nitidamente, das glândulas de secreção externa, ditas exócrinas; estas últimas são, na verdade, dotadas de um ducto excretor e compreendem as glândulas do aparelho digestivo, como as glândulas salivares, o pâncreas, as glândulas do estômago e do intestino etc. As glândulas endócrinas secretam substâncias particulares que provocam no organismo funções biológicas de alta importância: os hormônios. As principais glândulas endócrinas do organismo são o pâncreas, a tireóide, as paratireóides, as cápsulas supra-renais, a hipófise, as gônadas. As atividades das diferentes partes do corpo estão integradas pelo sistema nervoso e os hormônios do sistema endócrino. As glândulas do sistema endócrino secretam hormônios que difundem ou são transportados pela corrente circulatória a outras células do organismo, regulando suas necessidades. As glândulas de secreção interna desempenham papel primordial na manutenção da constância da concentração de glucose, sódio potássico, cálcio, fosfato e água no sangue e líquidos extracelulares. A secreção se verifica mediante glândulas diferenciadas, as quais podem ser exócrinas (de secreção externa) ou endócrinas (de secreção interna). Chamamos glândulas exócrinas as que são providas de um conduto pelo qual vertem ao exterior o produto de sua atividade secretora, tais como o fígado, as glândulas salivares e as sudoríparas. E as glândulas endócrinas são aquelas que carecem de um conduto excretor e portanto vertem diretamente no sangue seu conteúdo, como por exemplo, a tiróide, o timo, etc. Existem além disso, as mistas que produzem secreções internas e externas, como ocorre com o pâncreas (que produz suco pancreático e insulina) e o fígado. As glândulas endócrinas têm muita importância, pois são capazes de elaborar complexas substâncias com os ingredientes que extraem do sangue e da linfa. Estes compostos, os hormônios, possuem qualidades altamente específicas. Cada glândula endócrina fabrica seu produto ou produtos característicos dotados de propriedades físicas, fisiológicas ou farmacológicas especiais. Hormônio: é uma substância secretada por células de uma parte do corpo que passa a outra parte, onde atua pouca concentração regulando o crescimento ou a atividade das células. No sistema endócrino distinguimos 3 partes: célula secretória, mecanismo de transporte e célula branca, cada uma caracterizada por sua maior ou menor especificação. Geralmente cada hormônio é sintetizado por um tipo específico de células.

Os hormônios podem ser divididos em :

Glandulares: são elaborados pelas glândulas endócrinas e vertidos por estas diretamente ao sangue, que as distribui a todos os órgãos, onde logo exercem suas funções. Subdividem-se em dois grupos, conforme realizam uma ação excitante ou moderadora sobre a função dos órgãos sobre os quais influem. Tissulares ou aglandulares: são formados em órgãos distintos e sem correlação nem interdependência entre eles: sua ação é exclusivamente local e a exercem no órgão em que se formam ou nos territórios vizinhos.

Sob o aspecto químico, os hormônios podem dividir-se em duas grandes classes।

a) Hormônios esteroides: aos quais pertencem as corticosupra-renais e sexuais.

b) Hormônios protéicos: (verdadeiras proteínas) ou aminoácidos (mais ou menos modificados), as quais pertencem os hormônios tiroideas, hipofisárias, pancreáticas e paratiróides. As características físico-químicas dos hormônios são: facilidade de solubilidade nos líquidos orgânicos, difusibilidade nos tecidos e resistência ao calor. A modalidade da secreção hormonal por parte das glândulas endócrinas não é todavia bem conhecida, já que falta saber, com exatidão, se produz de maneira contínua ou é armazenada na glândula e derramada na circulação no momento de sua utilização, ou se produz unicamente quando é necessário utilizá-la, ou se uma pequena parte é posta continuamente em circulação.

As principais glândulas são: A glândula pituitária ou hipófise , é um pequeno corpúsculo situado no esfenóide (este é um osso que se encontra bem perto do centro da cabeça): divide-se numa porção anterior, adeno-hipófise, numa parte intermediária e em outra posterior ou neuro-hipófise, cada uma das quais produz os seguintes hormônios.

Porção anterior: Na adeno-hipófise se separam os hormônios

a) somatrotofina ou hormônio do crescimento: estimulação corporal ao exercer sua ação sobre os cartílagos de crescimento dos ossos; modifica o metabolismo de gorduras, proteínas e hidratos de carbono.

b) adrenocorticotrópico (ACTH): estimula a secreção dos hormônios córticosupra-renais.

c) hormônio folículo estimulante (FSH): estimula a formação do folículo de Graaf do ovário e dos túbulos seminíferos do testículo.

d) hormônio luteinizante: regula a produção e liberação de estrogeneos e progesterona pelo ovário e de testosterona pelo testículo.

e) prolactina: mantém a secreção de estrogêneos e progesterona;, estimula a secreção do leite através das mamas.

f) Tirotrofina: estimula a tiróides e a formação de tiroxina.

Porção intermédia

a) intermedina ou estimuladora de melanocitos (MSH): regula a distribuição dos pigmentos. Lóbulo posterior:

b) occitocina: atua a nível do útero favorecendo as contrações no momento do parto e a nível mamário facilitando a secreção do leite.

c) vasopresina: estimula a contração dos músculos lisos; ação antidiurética sobre os túbulos dos rins. A extirpação desta glândula e a diminuição da liberação destes hormônios produzem o nanismo, e sua hipertrofia, o gigantismo; de seu lóbulo posterior se extrai a pituitina, que exerce sua ação sobre a tensão sangüínea; e a glândula pineal ou epífise (que não se extrai da hipófise por ser uma glândula independente) situada sobre o terceiro ventrículo e em frente os tuvérculos quadrigêminos, e que se extirpado numa criança, lhe provoca madureza corporal precoce, e um desenvolvimento intelectual antecipado (crianças prodígio).

PÂNCREAS

O pâncreas produz o hormônio insulina, que regula o nível de glicose no sangue. Em certas condições, por exemplo, quando se ingere muito açúcar, o nível de glicose no sangue aumenta muito. Então o pâncreas libera insulina no sangue. Esse hormônio aumenta a absorção de glicose nas células. Assim, o excesso de glicose é retirado do sangue e o nível desse açúcar volta ao normal.

Quando o pâncreas produz uma quantidade insuficiente de insulina, surge uma do ença conhecida como diabetes. Nesse caso, o excesso de glicose permanece no sangue: é a hiperglicemia, constatada pela presença de glicose na urina. A incapacidade das células em absorver adequadamente a glicose do sangue provoca alguns sintomas como a sensação de fraqueza muscular e fome.

Pâncreas

O pâncreas não é somente uma glândula, endócrina, pois este órgão constitui uma glândula de secreção externa; produz, na verdade, o suco pancreático, que serve para digerir os alimentos e que é lançado no duodeno por um ducto que percorre o pâncreas em toda a sua extensão. Num corte do pâncreas, contudo, notam-se "ilhas" de substância formada de células diversas das do resto da glândula: são as ilhotas de Langerhans, que são dotadas, justamente, de urna função endócrina.

As ilhotas de Langerhans produzem um hormônio: a insulina, da qual a função é permitir a utilização dos açúcares por parte dos tecidos e em particular dos músculos, para cuja atividade o açúcar é fundamental. Quando acontece faltar a insulina, os açúcares não podem ser utilizados pelos músculos e ficam no sangue: é a diabete. Esta moléstia é causada, na verdade, pela hiperglicemia, isto é, pela presença no sangue dos açúcares em proporção superior à normal, um por mil. Aumentando o açúcar no sangue, a um certo ponto, o rim não consegue mais reter esse açúcar, que passa, em grande quantidade através dos glomérulos e aparece, portanto, na urina.

A estrutura do pâncreas assemelha-se à das glândulas salivares, diferente apenas em certas particularidades e na sua textura, mais solta e suave. Não está fechado em uma cápsula propriamente dita, mas é cercado por tecido areolar, que penetra no seu interior e mantém conectados os vários lóbulos que compõe o órgão. Cada lóbulo consiste de uma ramificação final do duto principal, terminando em sacos de fundo cego, tubulares e convolutos.

Esses alvéolos são quase que completamente formados por células secretoras, sendo muito difícil a visualização de suas luzes. Essas células são chamadas, em alguns animais, de células centro-acinares de Langherhan. As células secretoras verdadeiras do pâncreas que delimitam a parede do alvéolo são muito características, colunares e apresentam duas zonas: uma externa, clara e finamente estriada próxima à membrana basal, e uma interna, granular, próxima ao lúmen. Durante atividade, a zona granular ocupa a maior parte da célula, o contrário acontecendo em células em repouso. Entre os alvéolos, o tecido conectivo apresenta células que são denominadas células inter-alveolares.

Vascularização

Suprimento arterial do pâncreas

As artérias do pâncreas derivam das artérias esplênica e pancreatoduodenal. Até dez pequenos ramos da artéria esplênica suprem o corpo e a cauda do pâncreas. As artérias pancreatoduodenais superiores anterior e posterior, provenientes da artéria gastroduodenal, e as artérias pancreatoduodenais inferiores anterior e posterior, provenientes da artéria mesentérica superior, suprem a cabeça do pâncreas. As artérias pancreatoduodenais anastomosam-se amplamente. O sulco entre a parte anterior da cabeça do pâncreas e o duodeno aloja a arcada pancreatoduodenal anterior, ao passo que o sulco correspondente entre a parte posterior da cabeça e o duodeno aloja a arcada pancreatoduodenal posterior.

Drenagem venosa do pâncreas

As veias pancreáticas drenam para as veias porta, esplênica e mesentérica superior, mas a maioria delas desemboca na veia esplênica.

Drenagem linfática do pâncreas

Os vasos linfáticos do pâncreas acompanham os vasos sangüíneos. A maior parte deles termina nos nodos pancreatoesplênicos, que se situam ao longo da artéria esplênica na borda superior do pâncreas, mas alguns vasos terminam nos linfonodos pilóricos. Os vasos eferentes desses nodos drenam para os linfonodos celíacos, hepáticos e mesentéricos superiores.

Principais glândulas do sistema endócrino Principais glândulas do sistema endócrino

Fonte: www.corpohumano.hpg.ig.com.br